Passado

Como passar sem olhar
Como viver sem rever
E então resofrer o que já se sofreu
Dizer-se forte com a ideia de relembrar
Ou apenas tentar simplesmente apagar
A triste dor do passado
De escolher se é lembrado
De carregar junto ao coração
Essa imensidão de sentimentos
E então se afogar
Com o doce desejo de lembrar

Paixão de luar

Deitados no gramado dessa colina
Onde nós aproveitávamos o dia

O tão suave gramado

Juntamente com o seu beijo molhado

Rindo e sorrindo, jamais partindo

Nós contemplavamos o luar e a nossa paixão
E assim perdíamos a razão
Mas então se foi este nosso amor
Que era tão perfeito, bonito e sem jeito
E assim apenas restou a dor
De saber que eu já não sou mais o seu amor
Tristeza no coração
Solidão na alma
E então, continuo indo e vindo
Naquele lugar que nos era tão lindo

Dor

A verdadeira dor está em não poder dizer o que você realmente sente pra pessoa que você ama. Dizer o que sente e viver este mesmo sentimento. O medo de amar mas não ser amado, de ficar com aquilo entalado na garganta e não poder botar pra fora. Conversar e olhar nos olhos da pessoa, sentir a paixão tão clara, o olho brilhando e ao mesmo tempo pensar que pode não ser correspondido. Não querer arriscar de se confessar para não perder a amizade e os momentos ao seu lado. Só queria poder dizer sem lhe perder. Mas este medo é maior que a vontade de te ganhar. Ah como é ruim estar apaixonado! Amar sem saber que é amado. O quão ruim pode ser esta dor?

O Voou

Enquanto olho para o céu
Observo as aves à voar

E penso onde eu poderia estar

E o quão bom é ter liberdade para voar

E poder viajar para onde se deseja estar

Curtir este sentimento
Sentir o vento
E aproveitar o momento
Bater as asas e poder dizer
Poder dizer o quão belo é
O dia ao entardecer.

Os Monstros

A indiferença nos faz diferentes
Nos marca como se não fossemos gente
O dinheiro é poder
Por isso deixam os pobres morrer
Não lembram que tem sentimento
No mesmo momento em que vêem o dinheiro
Ah falta de consciência
Esqueceram que são gente
Se transformaram em monstros
Que vêem no rico o que tem
E o pobre o que não tem
Não tem como sugar
E o deixam a mercê do próprio tempo
E assim morremos ao relento
Sem ter leito
E nem respeito
Diante desta indiferença.

Desculpa pessoal

Peço desculpas pela demora para postar algo novamente. Estive doente durante o fim de fevereiro até agora, e por isso não tinha cabeça para escrever ou postar algo. Mas agora estou de volta a ativa. (o//)
Fica ai meu pedido de desculpas pra quem me acompanha e curte minhas pequenas postagens de escrita. Amanhã (ou hoje como preferir) voltarei a postar.

Luar

Lua que brilha
em uma noite sombria
tão suave quanto a brisa
mas tão afiada quanto uma espada
que corta as nuvens
e se mostra entre elas
mostrando também as estrelas
que brilham junto a ti
contemplando sua beleza
como pequenas aprendizes de teu brilho
esboçando o mais belo sorriso
que vem de admirar este luar.

Você lembra de mim?

Tudo que eu quis foi te esquecer

evitar lembrar

da dor que você me fez passar

você jurou não me fazer recordar

no dia em que disse para te esquecer

agora porque vem me perguntar

se eu lembro de você?

Relento

Chimarrão na mão
Pensamento junto ao coração
Sentado ao relento
Sentindo o ar agradável
E observando as nuvens passando
Sem me entediar
Mas prestigio o tempo a passar
Admirando a beleza da natureza
Proseando com o vento
Enquanto aproveito
O fim de tarde ao relento.

O Sino

Ding, dong... Por que não consigo parar de querer ouvi-lo, mesmo com esta dor de cabeça?
Ding, dong... Ó sino que bate, que roubou meu coração, não consigo parar te te desejar, mesmo com a dor eminente que vem de o acompanhar...
Ding, dong... Faz o sino, sino que não para de bater, enquanto meu real desejo é lhe ter..

Saudade

Quanto mais longe estou
em meu pensamento eu vou
guardar, e guardar as doces lembranças
e lembrar
lembrar de como você sorria e ria de minhas bobagens
e então eu olhava
a forma como seus olhos brilhavam
e nos entregavamos nos mais puro desejo
de nos contermos com um beijo.

A água

Trocavam e trocavam diariamente a água do pote do pássaro na gaiola. De tanto trocarem, fazia com que o pássaro mais água bebe-se. O que fazer com essa cede se eu não posso a matar? Era a pergunta que o pássaro se fazia ao olhar para o céu. De tanto olhar para o céu, a água que então ele bebia, lhe escorria pelos olhos, enquanto continuavam a trocar.

O primeiro pensamento

Não sei escrever, mas vez por outra posso tentar.
Pequenas palavras são uma forma de se expressar, e isso é apenas uma pequena forma que eu uso.

O primeiro pensamento.

Ó imensidão azul
Céu, mar
Quisesse eu navegar ou voar
Para assim poder encontrar
O azul que escorre dos meus olhos.